terça-feira, 28 de setembro de 2010

Natureba's boy

"Quer saber? Basta prestar o mínimo de atenção para se ter certeza de que há algo de errado com você. Não é possível, criatura, essa constante agonia expressa numa pele seca, branca, avermelhada, alérgica, doente, e vem querer me falar de vivência corporal como vivência divina? Me poupe! Seus deuses lhe esqueceram faz tempo. Não adianta fazer o personagem autista, você interpreta mal o papel, é incoerente, não convence, porque lhe escapa o fato de que a inteligência tem como base o afeto. A-F-E-T-O, uuuuhh, essa palavra perigosa e difícil de ser estudada etnograficamente. Outra coisa: radar de maluco é você com essa rama de mulheres problemáticas que lhe cercam, num jogo mórbido e circular que você elocubra ser parte do baguá da vida. Afeto, uuuuhh, que 'você não quis acreditar quando eu falava desses homens sórdidos' e que você misturou nos seus jogos competitivos, ardilosos, confusos. Ganhou por dáblio-ó, porque afeto não mistura com poder. Ok, ok, você não captou." ...E foi assim que acabou.