Convicção pactuada com tristeza: era preciso deixar aquela morte seguir. Era maior do que cada um, era maior do que tudo. De volta ao lugar, exatamente o lugar, sempre o lugar. A saudação conhecida, meio estereotipada, que ganhou evidência depois daquelas cenas, já pressentindo a outra emoção inenarrável diante do rico conjunto de prateleiras que guardavam os mundos, aos retalhos, próprio do ponto de vista restrito da vida humana. "Agora eu vejo vocês". Deste sopro se mostrou a vida existente no que era inerte. Unus Mundus, uma questão de composição, de organização, de forma, de lugar, sempre o lugar. Cumplicidades e alegrias de velhos amigos, sem os disfarces úteis no cotidiano. Se as palavras e as coisas eram necessárias eu não sei, não havia tanta filosofia assim. É o que é. Não foi preciso socializar, pois sabia o que fazer, e o que falar. Não era nada do além: não isso, as outras coisas sim, as que riam silenciosamente invisíveis.
Vivi, vi, vindo e indo, daqui e dali, no realismo que é fantástico por natureza. Se eu vi a uva? E como vi! Uva popular de todas as feiras. Uva dos vinhos nas canecas dos antigos. Uva da vida, que dizem por aí que é a árvore primordial. Uva dúbia e direta, mandálica, urobórica, simbólica. Uva da abundância dos cachos, que se aprecia uma a uma. Uva doce e azeda. Uva que se vê. E quem não viu? A uva nossa de cada dia só não vê quem não quer.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Mal
Mal, mal, mal, o mal, é o mal. Ali, criança
velho, erudito maldito, largato gosmento, vestido a caráter, malha, o mal, na
minha frente, malquerência, malzência, malnascência. Espúrio, poder e
humilhação. Cada um que vá atrás do seu canto, o canto do mal, o lugar
controle, a canção das trevas. Erva maldita, inteira no possível da medida,
lugar de cura, feito em dor, inviável como um deus, invisível como o ar podre
respirado marsado bravateiro duma figa, na medida do possível. Jogo perigoso
autocolante autoreplicante intoxicante: covarde, covarde, covarde. A cobra existe
no terráreo. Ela pensa ser gente. Ela acha que é. Mal, mal, mal, o mal, é o
mal.
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