segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Dancing Queen

Amor, é verdade. E é aí que eu te falo que esses babacas podem posicionar-se de com grandes esforços para cagar todas essas regras, podem vomitar essa empáfia, podem se embebedar desta tão passageira posição, podem gritar que são gente, quem sabe convencem a si mesmos, mas aqui dentro eles são e serão sempre tão minusculamente apenas um bando de babacas, porque enquanto essa corja grita, tentando desesperadamente um lugar, eu, por puro desprezo me concentro em recordar e memorizar silenciosamente de cada acorde, cada nota, cada sustenido, cada grave e cada agudo... You can daaaance, you can jiiiive, having the time of your life, ooooh see that giiiirl, watch that scene, dig in the Dancing Queen... 

Rebeldia

Amo flores, plantas, raízes, amo aquela folhinha pequenininha, verdinha que nasce no meio do concreto, da pedra, da casa velha, da ponte em ruínas, da calçada mal cuidada. Essas plantas evocam, para quem quiser ver, a força da rebeldia. É como se respondessem ao desaforo da pedra com a altivez da flor; à estupidez do concreto com a elegância esguia da folhinha que lá vem do chão, e lá vai em direção ao céu. Saia da minha frente, não embargue minha vida, cale-se, pois é na sua dureza, boboca, que está seu ponto fraco; é na sua arrogância que está a sua ferida; é no seu poder que está a sua ruína; é na sua confiança que mora o agiota que cobra sua alma, que cobre sua vida, que apaga secretamente a sua luz.