sábado, 15 de agosto de 2009

Almas

Eu vi. Não era segredo para ninguém que nono Alesandro bateu boca com Padre Amedeo, que insistia em querer que os Emílio rezassem do mesmo modo que os Clemente, que tinham lá o seu próprio Reverendo. E aquela de proibir os batuques do terreiro de Sebastiana? Foi a gota. Eu me lembro do velho Alê, com a autoridade de um senhor feudal, com a dignidade de quem leva em si as marcas da intolerância, e jamais suportou cercas e dogmas: "Sobre o meu cadáver, Padre Amedeo! Sobre o meu cadáver! Essa fazenda é minha, e pelo menos nessa gleba de terra, cada um há de andar no caminho da sua própria alma."