terça-feira, 17 de maio de 2011

Anel

No anel, a metáfora. A abelha trouxe o mel, a cera, a disciplina, a vida comunitária, o voo trabalhador e o ferrão prontinho para ser usado... caso necessário. O besouro trouxe a eternidade, o renascimento, o mistério antigo e o escudo protetor. A libélula trouxe a delicadeza de ser, acima de tudo, mensageira, psicopompa. Três insetos dourados não espetáveis no isopor. Três linhas unificadas na base. Três pequenos brilhos. Portal indicativo da distância necessária ao espaço vital, ao qual só é permitido entrar mediante convite, com cuidado, sem calçado, sem arma. Nem é preciso ser especial para ver quem está, por isxtá naisx mouléc'las mizifii! Anel, anelzinho, anelzão, um triunvirato, uma tríade hermética divertidamente alojada no dedo médio, bem usado para mandar à merda... caso necessário.