sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ana e Antonella

Antonella, nos belos horizontes míticos encontrei você nas bodas dos sabores e notas, no bom gosto sutil e nas porções generosas das mesas. Amo as rugas que já se espalham pelo meu pescoço, amo pequenas manchinhas nos meus braços, amo minhas cãs mescladas na boa tintura, elas me cobrem do invisível tranquilo, privilégio. Amo esta solidão sossego concedida como bônus, vantagem de ser cria de todos, característica mercurial para circular nas cidadanias da vida e do além. Além tão cotidiano, que se estampa nos olhos das crianças e dos bichos, banal e extraordinário. Em você as cordas musicais elevam o espírito e fincam a alma na terra. Em mim, as ondas luzes/sombras fincam o humano no além, e elevam minha alma na terra.