sábado, 31 de dezembro de 2011

Fim

Ana recebeu instrução específica sobre perda e recomposição deste estado, sobre as repetições sutis, risíveis, patéticas. Se a magia está no cotidiano, se as grandes coisas estão no que é diário e invisível, também os grandes tropeços estão no pequeno, no que é aparentemente inofensivo. Sim, era preciso aguçar o olhar para as sombras, e que problema havia se isso implicava em ser duas? E ainda fique agradecida por ser só duas, tem gente que é três, quatro, sei lá quantos. Palavras e instruções enquanto a pupa se quebrava, na intimidade que o chão proveu. Foi assim que Ana finalmente repousou com a tranquilidade dos que sabem desfrutar do fim.