sábado, 31 de dezembro de 2011

Meio

O chão. Para o chão. No chão. Chão de bambu da nova casa, meio varanda, meio aberta, meio fechada, sobrado, meio residência, meio comércio, lugar de todos e propriedade de ninguém. Estar assim, no meio de tudo e no meio do nada, no chão e suspensa, produziu a leveza de quem deixa a mala cair, cair no chão, é claro. O trabalho começaria amanhã, então só restava dormir, dormir no chão, abraçada ao chão de bambu, como quem reconhece o colo amigo num grande suspiro daqueles que servem como um escorregador para entrada naquela água onde o tempo não manda.